quinta-feira, 30 de julho de 2009

um minuto, um instante
vais embora....
um segundo delirante
foste....
o dia nascerá de novo
independente dos açoites que lhe ferem
talvez quem sabe isso tudo seja só um sonho
só um estar acordado
que dói um pouco mais do que deveria
muito mais...
mas não é a dor que me lamenta
nem a ausência
para toda dor existe uma receita simples: desistir
ferido, maltrapilho, humilhado
mas com algumas poesias no bolso
quanto a ausência...
um dia
um instante
algum tempo
a ausência se faz em mim
tua escolha é ser ausente...
não é mais ausência
depois da falta é só um corpo morto a mais
não iremos todos enfim lamentar?
perdemos
perdemos
mas enfim
melhor do que perder é nunca esperar acertar o alvo
mas parece que esquecemos disso
e corremos atrás dele como se fosse uma lebre assustada
e ele tem a tua cara
de morte anunciada
de biscoito amanteigado
tua cara de febre, de cadáver
tua morte nunca foi tão benvinda
tua morte que me ressuscita
que me faz cada dia mais triste
e cada dia mais forte em minha ruína

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