quinta-feira, 6 de maio de 2010

Do outono...

Decerto as tardes caem rápidas no outono
Algumas não...
Algumas tardes se derretem em cores brandas
e ficam ali pincelando as nuvens púrpuras
Devagar
Como o caminhar dos trabalhadores da ferrovia
Como o espreguiçar vadio dos vira-latas

Algumas tardes ficam suspensas no seu morrer
Naquela hora silenciosa entre o azul e o rosa
Nas janelas que se fecham
e nas casas velhas onde se acendem luzes amarelas

E na tua risada
que se espraia pelos trilhos
A tarde insiste em se deixar cair sem pressa

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