quinta-feira, 22 de julho de 2010

Será eco, convexo, reflexo ou coincidência?
Será palavra ou é silêncio?
Ou o silêncio é a têmpora da palavra
E o tempo da espera, meu bem, é a não-palavra?

Será erro, enterro, prosa ou poesia?
Quem sabe, meu bem, será um mergulho e tanto?
E portanto, de quereres e não-dizeres
essas palavras que morrem para nascer em nossas bocas

De tantas cartas rasgadas...
Procuro teu endereço e o selo em tuas mãos
E procuro como o viajante procura o pouso
E aceito o teu pouso na procura do vôo
Nas avenidas que espreitam, nos corredores que devoram

E se for delírio, um verso andarilho ou só um colírio?
É um silêncio feito de trigo, de uvas verdes...
De olhar para o reflexo do eco do avesso
E esperar novamente (ou em vão)a tua palavra-silêncio

E nessas linhas de poesia
Desejar o querer em sua antropofagia...

Um comentário:

Anônimo disse...

Tu escreve muito bem, estás de parabéns...
Vou acompanhar teus textos...^^