quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Foi-se indo como se não houvesse fim nos versos
E em cada estrofe amarrava uma noite de espera...

O tempo (de ires e vires) é só verbo na poesia
E eu lhe confesso que os dias têm sido vagarosos
Ainda que cada anoitecer me escape pela janela
Com a precisão de um instante que morreu em silêncio

Poderíamos sentar agora, meu bem?
E ficar assim mirando o caminhar das nuvens
Apenas esperando, sem alguma esperança...
No tênue limiar entre o ser e o estar
Nas entrelinhas que a poesia não escreve

Foi-se indo como se não houvesse rimas no final
Será que tens por aí o desejo que cá me desperta?

Um comentário:

Tainara Sobroza disse...

Gosto bastante das tuas poesias.