Foi-se indo como se não houvesse fim nos versos
E em cada estrofe amarrava uma noite de espera...
O tempo (de ires e vires) é só verbo na poesia
E eu lhe confesso que os dias têm sido vagarosos
Ainda que cada anoitecer me escape pela janela
Com a precisão de um instante que morreu em silêncio
Poderíamos sentar agora, meu bem?
E ficar assim mirando o caminhar das nuvens
Apenas esperando, sem alguma esperança...
No tênue limiar entre o ser e o estar
Nas entrelinhas que a poesia não escreve
Foi-se indo como se não houvesse rimas no final
Será que tens por aí o desejo que cá me desperta?
Um comentário:
Gosto bastante das tuas poesias.
Postar um comentário