sexta-feira, 14 de março de 2008

Ah! aquele menino que esteve guardado!!!
Vejo-o à luz amarela da varanda
Co'aquele olhar de futuro sonhado
À mangas de camisa, suor de ciranda...

No peito o arfar é leve e tenaz
Não tem pelo, pelo contrário, peito nu
Livre da carga pesada do dia costumaz:
Sem dinheiro, sem amores, seminu...

Vejo-o com os mesmos olhos azuis
Que perduraram naquele imberbe rosto
Como pérolas anis que perderam a luz

Aquele menino que ao céu imposto
Inocente benzia-se com gestos de cruz
Tornou-se em mim um velho sem gosto

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