sexta-feira, 14 de março de 2008

Enfim desceste, oh! lágrima pesarosa
Após sedenta naufragar no pálido rosto
...caíste pelo amor, pela pessoa amorosa
pelo beijo que me cicatrizou o gosto

E vieste assim: desnuda e decidida
E frágil, para mostrar com exatidão
Os degredos de uma alma desfalecida
Grave, distante e embebida em solidão

Nesta desgraça onde o silêncio matutino
Não se cala, e a fumaça vaporosa
Das manhãs é também o grito vespertino...

Enfim desceste, esférula lacrimosa
Vieste rugir com a fúria de felino
Pois caíste pelo amor, pela bela amorosa

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